O desbravador de mares, viaja a vida por amor, iça as velas,
atravessa o grande mar sereno, o longínquo céu azul é contemplado,
as boas correntes sempre se encarregam de mostrar-lhe o moroso caminho,
o destino é uma ilha inexplorada para ancorar, descobrir maravilhas.

Dê-me a mão, levanta-te, há mais por vir,
o caminho nunca foi simples, estás-me a ouvir?
Há fadiga em seus olhos, espinhos em seus pés,
estarei sempre aqui, desabe as vezes que quiser.

Seu desejo por mim, é uma declaração de dedos e boca, repleta de toques que aquecem, queimam,
eu te amo que aperta a pele, que conecta corpos e almas, mãos entrelaçadas, conjuntos de amassos,
adoro você de cinturas coladas e lençóis de braços, entreolhares, sorrisos tímidos, risos abafados,
saudade, que se mata a força, pancadas de quadril, línguas afiadas e olhos serrados.

Enquanto este mundo implode, deita-se em colo, minha gata rajadinha, pensamentos ronronam, sonhos felídeos,
neste, sinto-me selvagem, a invadir terrenos inexplorados, como gata desgarrada, amando toda liberdade,
pulos, afasto-me do lar, saltando em quatro patas delicadas, contemplo estrelas, em cada uma, meus segredos,
repentinamente, pelos curtos arrepiam-se, há um gato invadindo meu espaço, constelação felina.

Admiro minha capacidade de flutuar em palavras perdidas, transportando-as por aí, fugas necessárias, inspirados cometas,
rir debaixo de lágrimas, chorar secando o solo, derramar sentimentos dentro de baldes vazios, as vezes profundos, imersivos,
até fiz palavras sutis parecerem destrutivas com bom ritmo, declarei amor a benção de vinho, narrativas alegres em cotidianos tristes,
dancei com belas poesias vadias, poetizei sobre deus, futebol, morenas, natureza, um pouco mais, minhas imprevisíveis poesias.

Presos por amor e pelo que nos juntou,
amores partilhados por quase tudo,
sentimentos desnudos e
vínculos profundos.

Não posso ficar aqui a amar-te, apesar de ti, ser meu lugar, nunca tive chance de fazer lar,
és como flutuar sem ter pouso, viver sob asas dos sonhos, sem o descanso merecido na paz do amor,
queimamos todo o carvão num dia, inundamos em outro, esperando que o sol apareça e renasça o fogo,
a combustão dessa paixão que nos consome, reinicia o processo sempre na outra manhã, onde não estamos.

Parabéns meu anjo celestial, mio grande amore, minha razão de vida,
tu és tão primorosa, agradeço aos céus sua presença em meus dias,
gentil, caridosa, formosa, bondosa, nem precisava ser linda,
veio ao mundo como estrela, a iluminar os próximos, todos os dias.

Serás que me amaste ou apenas se livraste? Montanha nas costas, pedra ao chão,
o livro inglês que enjoaste, o romance que escreveu, leu, queimaste, querido passatempo,
não acreditaste na sinopse, não seria páginas incompletas a converteste, preferiste nadar o nada,
curaste sua praga, seu medicamento tarja preta nas horas vagas, defeitos colaterais, evidenciaste.

Pedaço de mim, deixeis, caíste a teus pés, a amável e deleitável parte, entregastes,
aqui jaz, enamorados, egoísmo conjecturar, que meras parcelas de nós, tanto desafogara-nos,
guarde este meu miserável fragmento, nas profundezas do seu ser, alimente os seus demônios, sem prazer,
naufrague em lágrimas, afogue lentamente a nossa imagem, as lembranças desse amor de pouca coragem.

Os raios de sol beijam os pés, inundados na transparência líquida,
nossas mãos pregadas balanceiam vagarosamente, conexão da alma,
olhares perdem-se em tanta beleza, especialmente sua, tão minha,
areia dura, represa límpida, troncos tortuosos, repleta natureza.

O seu sorriso devasso que agora se expõe,
passeia em meus pensamentos líricos,
com destino certo e amor sem fim,
planejando a filosofia do Carpe Diem.

Perdi o melhor poema,
a divina interpretação sobre ela,
tulipas coloridas, embebecidas,
por rimas, beleza e harmonia.

Que sejam um pouco mais leves, as dores insuportáveis que extirpam as energias, físicas, mentais, astrais,
o incurável e triste saber, que não há mais tanto a fazer, que as mãos de Deus lhe assegurem, a paz duradoura em vida,
que nenhuma queda constante, seja tão brusca, que possa lhe afundar em poço, exagerar mais essa dor, drenar seu bom espírito,
há de sobrevoar-te acima de ti, o teu anjo de asas, este que nunca foge a luta, nem abandona.

Quando serás minha? Se já és. Quando dividirás o ar? Se já o respiras sem fôlego. Quando enlouquecerás?
Se já não achas o juízo. Quando serás paixão? Se já queimas em brasa. Quando beijarás com sede essa boca?
Se todo o sal da língua já secaste. Quando serás o véu da cama? Se já te deitastes em pensamentos inquietos.
Quando olharás em meus olhos? Se já não olham a mais ninguém. Quando será minha ilha? Se já és terra, mar e fauna.

Trancados, abafados, ares compartilhados, covil humano fechado, prosas, lembranças,
aquele dia, o momento inesquecível, agora, risos, sorrisos, malvadezas, malevolência,
confinados, o instinto natural grita alto, sei lá, jazz no rádio, celulares desligados,
pandemia condena o mundo, não toca aqui, onde toco, só dois e coisa alguma a fazer, quase.

Invisível, quase indetectável, tomou forma, jeito, tsunami em água parada, olhos de jabuticaba,
linda face de sardas temperadas pelo sol, pele mergulhada em leite, corpo é fascínio, um deleite,
tortas nuances, forte maturidade, a menina mulher de voz rouca tranquila e a rara sintonia afinada,
e então, barreira quebrada, o homem passarinho e a mulher violeta, meteoros e cometas.

Vou vadiar, cortejar minha solidão, cultuar-me no espelho, tentação em batom vermelho, intrínseco,
aquele perfume, dia do casamento, quebrado, despedaçado, fiapos, tristeza em véu branco e grinaldas,
sapato salto alto, vestido elevado, blusa solta, colo visto, veneno em doses letais, intencionada,
uma dose única de Shakespeare, romance perdido, sereis alguém que não se importa, noite de sorte.

Teu coração é um karma a si, a ti faz sofrer, porque já o fez, engula o choro menina, e sangre outra vez,
construa amores como pontes de safena, estanque essa corrente de sofrimento desatado, o amor é preciso, necessário,
cuidado, também és cirúrgico, evite a parada cardíaca desse coração maltrapilho, desobstrua os vasos sujos de tristeza,
suas veias entupidas, impedem que o verdadeiro amor circule, assim sendo, bombear seu corpo de êxtase, nem que seja, por momento.

E o filho de Deus sangrou, açoitado, humilhado, até a coroa lhe cortava,
o mesmo sangue, que hoje é jorrado em vão, de um pulso, de um impulso,
a fé que Jesus provou em madeira e cruz, eternizou-se com a benção do Pai,
não é desse mundo, que se abandona na prática, por vezes, uma única voz é calada.

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