Até onde o acaso podes atingir? Não es cabido, definir quando vou partir,
em fogo alto queimareis, do ar desabareis, da terra engolireis, os sonhos, do céu realizareis,
és mascarado este acaso, és imundo de descaso, persegue-se o culpado, em vão sempre serás caçado,
caminhareis em paz a rota alternativa, flutuando com essas asas plumadas que ganheis na partida.

O amor é uma força maior, elevada a querubins,
capaz de erguer novos mundos, alçar aos céus,
obras aclamadas, sempre com rosados jardins,
a verdade sustenta esses monumentos, prende-se o véu.

O amor é pueril, tola criança em desatino, corre pelos campos,
anda sobre rios, dança sob nuvens, sapateia em brasas, voa sem asas,
flutua em emoções, floresce os tristes corações, faz-se de tudo, graça,
quem ama puramente, não sabe explicar, tampouco, precisa entender.

Meu sentimento é uma bola de cristal a respirar esse amor todos os dias,
dentro há tulipas, peônias, bem-me-quer e uma casinha de sapê qualquer,
afeiçoados quadros de artes anônimas na parede, uma chaminé e fogo a lenha,
bancos rústicos do lado de fora, pleiteando um mundo afora.

Ela não é desse tempo, pertenceste a outros verões, antepassados, períodos incrustados,
desfilava-te com grandes chapéus de tecidos aveludados, pele branca beijada pelo sol, pequenas manchas de linho,
sorrisos fáceis, doces companhias, praças cheias de vida, seu hobby era ser ilha, objeto de fascínio, de conquista,
beleza cultuada por artistas em quadros impressionistas, era tudo sonho em vida, mundo colorido.

Parabéns meu anjo celestial, mio grande amore, minha razão de vida,
tu és tão primorosa, agradeço aos céus sua presença em meus dias,
gentil, caridosa, formosa, bondosa, nem precisava ser linda,
veio ao mundo como estrela, a iluminar os próximos, todos os dias.

Apropriamos a dor dos nossos próximos, a prova concreta da compaixão humana,
somos capazes de assumir o sofrimento que estraçalha outro peito, rezamos para que cada lágrima faça efeito,
silencie a aflição, os gritos de desespero, das famílias enterradas ou que enterraram o primogênito,
tragédias costumeiras, profundas de lamentos, acabam com vidas, antes de acabar com o dia.

Eu sou um herói, criança, tenho quaisquer super poderes, acabarei com todos os malefícios desse mundo,
começarei voando pelos céus, cortando nuvens, imponente, derrotarei criaturas armadas, sou invulnerável,
então, posso à noite, ser o morcego em becos sem saídas, não darei chance a assaltantes, nem bandidos,
veloz, flash, salvarei famílias da arma apontada para a cabeça, como fazem, policiais mal remunerados.

Enterraste o passarinho, este dançaste as asas tão bonito, piaste até as últimas batidas,
coração em agonia, pousaste onde não podias, olhaste pela janela, cantaste por tantos dias,
fatalidade, não foste pedra a atingir-te, nem fogo a queimar-te, foste somente lugar ocupado,
dentes afiados do felino a fincar penas, tudo que querias, apenas a linda Violeta.

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