Meu sentimento é uma bola de cristal a respirar esse amor todos os dias,
dentro há tulipas, peônias, bem-me-quer e uma casinha de sapê qualquer,
afeiçoados quadros de artes anônimas na parede, uma chaminé e fogo a lenha,
bancos rústicos do lado de fora, pleiteando um mundo afora.
Italianos, a olhar a face da morte todos os dias, nenhuma autoria, vírus a dominar o mundo, tristes vítimas, milhares de mortes em que não se enterra o querido, nem se olha nos olhos,
nenhum beijo na partida, alguns se vão sem oração, sem benção do padre, duramente são ceifados, desvanecem cedo os mais velhos, tradicionais, o verde, branco e vermelho, sangue incrustado.