Crise nova, o infindável mergulho no abismo, mente enterrada pelas circunstâncias da vida, pisoteada pelos fracassos,
ocorrências, há tanto tempo, de vez em quando, quase sempre, não se vai tão cedo, fique mais um pouquinho, desiquilíbrio,
à custa de nada, estrague só mais este dia, quem é feito de conflitos internos, de colapsos viverás, basta não viver, e verás,
um dia qualquer, um domingo de sol, lá estará, a perturbação a lhe sorrir, enquanto afundas na incerteza, profunda contenda.

Admiro minha capacidade de flutuar em palavras perdidas, transportando-as por aí, fugas necessárias, inspirados cometas,
rir debaixo de lágrimas, chorar secando o solo, derramar sentimentos dentro de baldes vazios, as vezes profundos, imersivos,
até fiz palavras sutis parecerem destrutivas com bom ritmo, declarei amor a benção de vinho, narrativas alegres em cotidianos tristes,
dancei com belas poesias vadias, poetizei sobre deus, futebol, morenas, natureza, um pouco mais, minhas imprevisíveis poesias.

Inerte, os dias vão-se miseravelmente, lentos passos dados, sem coordenação nenhuma, por coisa alguma,
algo, há de se obter desse estado, estagnado, é claro, há momentos que gritam, pare! Reflexione-se, de fato,
cotidiano ambicioso, sem tempo de interromper, horas, minutos que sejam, máquinas mentais, produção, exaustão,
nem por um respiro necessário, obstruímos um maldito dia, a vida cavalgando o fim, aceleramos, maquinistas ceifadores.

Tic tac, o barulho inesgotável do tempo, tudo parece tão depressa, feito mal, às pressas,
até o simples relógio tem seu momento de parar, trocar a pilha vazia, recarregar as energias,
talvez seja mais sábio que nós, que estamos sempre esgotados em meio ao caos do dia, parar é utopia,
nossos minutos são segundos, nossos dias são horas, até o que é belo, foi-se rápido, despercebido.

Gostou? Compartilhem as poesias flutuantes e lembrem-se deste humilde pseudo poeta como autor, eternamente agradecido.

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