Eu faço amor contigo, crio motivos, ideias, imagino, artesão da sua estrutura física,
corto a tensão na raiz, colo o corpo, descolo, insisto, riste, dou cor a face, tenro líquido,
faço esboço da pele amassada, recomeço, inacabado, mente criativa, tua corpulência, meu desalinho,
feito com as mãos, experimentado, minha obra prima ao seu lado, o amor artesanato.
Admiro minha capacidade de flutuar em palavras perdidas, transportando-as por aí, fugas necessárias, inspirados cometas,
rir debaixo de lágrimas, chorar secando o solo, derramar sentimentos dentro de baldes vazios, as vezes profundos, imersivos,
até fiz palavras sutis parecerem destrutivas com bom ritmo, declarei amor a benção de vinho, narrativas alegres em cotidianos tristes,
dancei com belas poesias vadias, poetizei sobre deus, futebol, morenas, natureza, um pouco mais, minhas imprevisíveis poesias.