Como é escuro o brilho dos teus olhos, quando não fitam em segredo, o teu perdido amado,
chora sem plateia, esse preto espetáculo, a beleza líquida desse poço d'água, retraídos em pálpebras,
já sorriram tantas vezes, junto a teus risos, embarcados nas lembranças, daquele triste amor recente, amargo,
dormem tímidos e sem graça, dentro do veludo da pele, contraídos, sem permitir que admirem, estas lindas pupilas.

Bela morena, as flores são teimosas em lugares onde não deviam estar, solo sem nenhum verde, és nascente, cresceste,
afortunado coração, como um rio, escorreu e parou na curva do seu olhar, quem não descansaria nas sombras dessas sardas?
pés cansados sempre encontram um bom lugar, entre as folhas lisas do teu cabelo e as trilhas tortas do seu sorriso,
tão gentil e doce tu és, como fruta corada, prestes a cair, só para que do chão, as sementes floresçam.

Quando serás minha? Se já és. Quando dividirás o ar? Se já o respiras sem fôlego. Quando enlouquecerás?
Se já não achas o juízo. Quando serás paixão? Se já queimas em brasa. Quando beijarás com sede essa boca?
Se todo o sal da língua já secaste. Quando serás o véu da cama? Se já te deitastes em pensamentos inquietos.
Quando olharás em meus olhos? Se já não olham a mais ninguém. Quando será minha ilha? Se já és terra, mar e fauna.

Invisível, quase indetectável, tomou forma, jeito, tsunami em água parada, olhos de jabuticaba,
linda face de sardas temperadas pelo sol, pele mergulhada em leite, corpo é fascínio, um deleite,
tortas nuances, forte maturidade, a menina mulher de voz rouca tranquila e a rara sintonia afinada,
e então, barreira quebrada, o homem passarinho e a mulher violeta, meteoros e cometas.

Um sonho, uma morena, uma ponte, um caminho, dois sorrisos, um beijo prazeroso a moda antiga,
o céu, um lençol preto com olhos brilhantes, a fitar o momento, dando charme, resplendor a cena,
dedos deslizavam nas sardas como brisa fria, braços anexando corpos, chama inevitável dos enamorados,
olhares repletos de aspiração, estarem sós, serem pares, realizações simples dos apaixonados.

Eu tenho convites, a todo lugar que quiser, lúdico dos encontros, facetas quaisquer,
venha transpassar seus pequenos pés nas trilhas desse parque, ou bebericar nesse restaurante fino,
talvez queira ouvir música ao vivo, ou o som das estrelas, tem até mar de gente no boteco da esquina,
ou só nós no quarto do hotel, tanto faz, percebas que você é o lugar que quero estar.

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