Raposa de Cima, Iguatu, Ceará,
matava a fome na caça, e o campo era lar,
arroba de algodão, milho, um sol de lascar,
Teiú que fugia, tinha cão pra pegar, tinha burrinho que empurrava,
e cavalo que subia em cascalho, todo dia o homem amanhecia,
voltava para sua casa de barro.
O seu sorriso devasso que agora se expõe,
passeia em meus pensamentos líricos,
com destino certo e amor sem fim,
planejando a filosofia do Carpe Diem.
A Mãe Natureza agoniza, piamente chora,
suas crias cada vez mais raras, padecem todos os dias,
caçados, açoitados, degolados, sofrimento inesgotável,
criou-se tudo com amor e o homem perfurou.