O que é a distância se ela é só um caminho?
Há de dar passos sem perder os trilhos,
a estrada é longa e não permite deslize,
até que tudo equalize.

Beijei a lona, sangue ao chão, músculos fracos, fatigados,
indigno, resto de um lobo ferido, a fixar no chão em cada batida,
a chamar para si os cruzados de esquerda, jab frontal, uppercut final,
abre-se contagem, 33 anos, um dia o gongo soará, surras louváveis até lá.

Antes e depois, divisão de mares,
preenchido, completo, inovados ares,
novos planos conturbam a calma,
jornada por ela iluminada.

Um ano a mais de vida, um a menos, cada dia, um passo ao finamento, vivendo, morrendo, lampejos,
a beleza deteriora-se, vejo as escolhas da trajetória para o sprint final, sempre tarde, quando se vai cedo,
separa-se os ciclos, fases, em todas, meu sorriso, o perfeito disfarce, lobo, passarinho, eterno bicho do mato,
discreto, sereno, se eu pudesse voar, facilitaria, e não seria eu, lá, rompendo o laço no fim da corrida.

Solitária a vida lhe apetece,
de natureza que nunca cede,
desamante do ser humano,
que nos limites, insano.

Gostou? Compartilhem as poesias flutuantes e lembrem-se deste humilde pseudo poeta como autor, eternamente agradecido.

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