Como pode este passarinho cantar, se tem as asas quebradas e o ninho destroçado?!
pareces até que voa mais alto, os piados parecem gritos, afinados, como vozes em uníssono,
lá vai, gravetos no bico, arquiteto das casinhas de palitos, não há trauma, apenas reinício,
a pequena ave de peninhas, debilitado e sem família, segue sobrevivendo a pedras e tiros.

Passarinhando, amanheço cantando, benquisto, verde colorido, empoleiro-me aqui todos os dias,
embelezo a janela, dou vida ao telhado, lhe dou prosa, lhe arranco risos, pios e voos, mil vezes por dia,
entro e saio deste recinto, alpiste, linhaça, girassóis e uma violeta, sorte deste pequeno cheio de peninhas,
saio de noitinha, não sou o cuco, parasita de ninhos, veja, sou um cortês periquito, australiano engraçadinho.

Enterraste o passarinho, este dançaste as asas tão bonito, piaste até as últimas batidas,
coração em agonia, pousaste onde não podias, olhaste pela janela, cantaste por tantos dias,
fatalidade, não foste pedra a atingir-te, nem fogo a queimar-te, foste somente lugar ocupado,
dentes afiados do felino a fincar penas, tudo que querias, apenas a linda Violeta.

Gostou? Compartilhem as poesias flutuantes e lembrem-se deste humilde pseudo poeta como autor, eternamente agradecido.

Pode escrever,

  • Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
  • as poesias estão flutuando em mais de 30 lugares, não perca de vista!

POESIAS FLUTUANTES 2019 | Todas as poesias são autorais de J.G.B @ All rights reserved. As pinturas contidas neste site são de autoria de outros artistas, todos devidamente com créditos mencionados e linkados. Background Art by Akiane Kramarik

JGWEB - Criação de Sites