Inerte, os dias vão-se miseravelmente, lentos passos dados, sem coordenação nenhuma, por coisa alguma,
algo, há de se obter desse estado, estagnado, é claro, há momentos que gritam, pare! Reflexione-se, de fato,
cotidiano ambicioso, sem tempo de interromper, horas, minutos que sejam, máquinas mentais, produção, exaustão,
nem por um respiro necessário, obstruímos um maldito dia, a vida cavalgando o fim, aceleramos, maquinistas ceifadores.

Tic tac, o barulho inesgotável do tempo, tudo parece tão depressa, feito mal, às pressas,
até o simples relógio tem seu momento de parar, trocar a pilha vazia, recarregar as energias,
talvez seja mais sábio que nós, que estamos sempre esgotados em meio ao caos do dia, parar é utopia,
nossos minutos são segundos, nossos dias são horas, até o que é belo, foi-se rápido, despercebido.