O puro mau, inerência do ser humano, corrói ao seu redor, gratuitamente, impulsivamente,
destrói, mata, por nada, não evoluímos desde a árvore sagrada, Caim, Jack, Hitler e outros mil,
serial killers, ditadores, estupradores, assassinos de crianças, mulheres, judeus, homens, tantos,
está no sangue, na mente, é humano, a maldade é seu acessório preferido, está sempre ali, ativo ou adormecido.

Mata-se, na simples vingança brutal de um amor quebrado ou para controlar o poder de um território sangrento,
pode estar na forte pisada num inseto vulnerável, talvez escondido num quarto fechado, corpos mutilados, enterrados,
não importa ao humano, desprezível, desgraçado, amaldiçoado, o mal se esconde bem, até em dedos que tocam crianças,
pode ser seu melhor amigo, vizinho, o primo, talvez até no próprio pai, que massacra a mãe e condena o filho.

Estou farto dos males humanos, tão inaceitáveis, doentios, banais, este é o preço de um cérebro desenvolvido, capaz?!
povoamos o mundo, depois ceifamos, quando não o controlamos, o caos, nós criamos, maldita esta raça humana, desumana?!
não acredito em redenção, até alguns mais bondosos, idolatram os piores criminosos, apenas por serem cruéis ideológicos.

Não se engane, tu, eu, também somos ruins no fundo, gostamos do sabor da vingança, pode ser só um inimigo se ferrando,
ou desejar que alguém que lhe fez mal, receba em dobro, isso é tão humano, ninguém é melhor que ninguém, mas pode ser pior,
então eu deixo que meu lado humano, queira matar outro, prejudicar, trucidar, ora, não sou macaco, melhor, se todos fôssemos.

Poesia por J.G.B

Pintura "The Triumph of Death" por Bruegel the Elder, Pieter