Poesia - Fim do Nosso Mundo - J.B.G

Fim do Nosso Mundo

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Bang, não há mais reflexos das estrelas noturnas no mar, nem os raios de sol bronzeiam as rosas,
os animais não desbravam a terra selvagem, o vento sopra fraco, poupando as folhas, a natureza está falha,
o ar está pesado, denso e impuro, os insetos sumiram do quintal, os humanos risonhos, não sorriem mais tão fácil,
as Violetas perderam suas inúmeras cores, os passarinhos cantarolam sem som, o amor, já não aquece os corações.

O evento, a catástase que mudou o curso da história, a rotação da terra, o dia, a noite, a fauna e flora,
nada mais fora como antes, o calor e frio, não tem mais distinção, as canções perderam seus lindos refrões,
os olhos não conseguem enxergar beleza nos detalhes, os sentimentos tão legítimos de outrora, são só memórias,
somos os únicos responsáveis, os agentes apocalípticos, inconsequentes, abrimos os portais do abismo, sem medo.

Foste naquele momento, um demorado soltar de mãos, palavras doces ditas em vão, caímos do alto, sem misericórdia,
o destino não traçou sua rota, o criador desperdiçou seu tempo, os anjos profundamente, anunciaram o fim pelas trombetas,
não somos mais uníssonos, adoecemos, abraçados em corpos nus, as últimas labaredas de uma paixão fervente.

Antes do fim do nosso mundo particular, negligenciamos o que nos era peculiar, aceitamos perder o que nos era raro,
o buraco de minhoca que nos uniu, também engoliu, arrastou-nos sob o pretexto do amor, perambulamos agora dispersos, sem direção,
perdidos no espaço tempo que criamos, flutuando sem previsão para nos chocarmos novamente e alinhar este mundo, salvá-lo.

Poesia por J.G.B

"Love Story - IIl The End" por Marianna Mills

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