Poesia - Forza Itália - por J.B.G

Forza Itália

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Italianos, a olhar a face da morte todos os dias, nenhuma autoria, vírus a dominar o mundo,
tristes vítimas, milhares de mortes em que não se enterra o querido, nem se olha nos olhos,
nenhum beijo na partida, alguns se vão sem oração, sem benção do padre, duramente são ceifados,
desvanecem cedo os mais velhos, tradicionais, o verde, branco e vermelho, sangue incrustado.

Calorosos, povo conhecido por seus fortes abraços e apertos de mãos, beijos em cada lado,
sofrendo em dobro, tempos sombrios, perdas imensuráveis ao nascer do dia, sem toques quentes dos braços,
filas de caixões no chão a fitar o céu aberto, um prenúncio dos anjos caídos prestes a subir o caminho,
o berço católico do mundo, vê seu povo ruir, a capela é seu único lar, pessoas seladas em espírito santo.

O café preto da manhã e o pão doce, a massa encorpada de domingo, amados, por hora, descem com custo,
as altas vozes românticas ecoam melancólicas e profundas das janelas de Roma, Napoli, Veneza, Milão,
o povo chora alto, não larga sua natureza, emoções providas de beleza, barulhentos, guerreiros.

Agentes de saúde, irreconhecíveis, sucumbem, exaustão e dor, não sentem heroísmo, embora heróis em todos os países,
há medo diante da força, há impotência diante da bravura, e há luta, os pulmões respiram fervorosamente a favor da vida,
pessoas a proteger outras, a guerra é travada, dessa vez sem armas, forza Itália, sentinela do mundo, todos lhe devem as vidas!

Poesia por J.G.B

Pintura "O Grito" por Edvard Munch

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