Poesia - Pequena Balbúrdia - por J.B.G

Pequena Balbúrdia

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Dona da noite, abandonaste o lar sem graça, desfilando em vestido violeta e sandália preta,
a estrada de pedra como tapete vermelho, encontrará um velho amigo, sozinha, insinuante, brilhante,
a lua tem o melhor ângulo, enquanto as estrelas provocantes deslizam no corpo, belíssimo esboço,
o prazer de um bar no fim de noite, acompanhada, whisky amante e cerveja deturpante a esperar.

Dono da noite, abandonaste a rotina cansativa, desfilando em jaqueta preta e tênis desbotado,
quatro rodas lhe guiam, encontrará uma velha amiga, salvar o dia, sozinho, cativante, vibrante,
tens o cheiro da lua, as estrelas brilham aleatoriamente, fazendo pirraça, provocando o belo moço,
o prazer de um bar no fim de noite, acompanhado, whisky respeitoso e cerveja trincada a esperar.

Ele chegou antes, puro álcool on the rocks, humor alterado, rastreando qualquer briga ou discussão,
ela chegou depois, linda, sentou-se ao lado, virou dois copos, desafiou-o, nem imaginou o ser que despertou,
enfurecido, ele perdeu a razão e a aposta, sorrindo, ela virou mais um, provocou-o, balbúrdia composta.

Gritando, fora de si, enxotando-a do bar, enciumado, envergonhado, clima mudou, ela triste, chocou-se, assustou-se,
a temida linha tênue foi atravessada, ainda não se conheciam inteiramente, perderam-se na curva, arriscaram-se demais,
agora, reconhecem-se um pouco mais, no outro dia, ririam demasiadamente, são assim, atrapalhadamente, até mais que amigos.

Poesia por J.G.B

Pintura "F.X. McRory's Whiskey Bar" por Leroy Neiman

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