Poesia - Minha Felinidade - J.B.G

Minha Felinidade

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Enquanto este mundo implode, deita-se em colo, minha gata rajadinha, pensamentos ronronam, sonhos felídeos,
neste, sinto-me selvagem, a invadir terrenos inexplorados, como gata desgarrada, amando toda liberdade,
pulos, afasto-me do lar, saltando em quatro patas delicadas, contemplo estrelas, em cada uma, meus segredos,
repentinamente, pelos curtos arrepiam-se, há um gato invadindo meu espaço, constelação felina.

Não quero despertar os olhos, ainda posso desatar por telhados, o vento é gentil, quente, carinha meus pelinhos,
siga-me, diz o gato maltrapilho, encurtarei a distância quando puder, bola de pelo colorida, as patas não têm pressa,
cada telhado me interessa, deixe-me sentir cada estímulo natural, rolar de pernas para o ar, desafiar-te os sentidos,
ninguém resiste a estes olhos dilatadinhos, redondos como jabuticaba, um passarinho repetiria, mil vezes por dia.

Despertei repentinamente, bichana desavergonhada, a morder meu nariz mais uma vez, é assim todos os dias, sentiria falta,
faz rir, cosquinhas ingênuas, assim sorrindo, cochilo outra vez, desejando ser mais feliz que hoje, qualquer dia, gostaria,
sorria meus olhos fechados, pulsa imaginação, subindo telhados, aquele gato novamente, perseguindo-me, persiga.

Abraça-me forte este coração peludinho, minha gatinha, nem saiu de mim, tão bom o calor que sinto, nem parece que o dia foi ruim,
nem parece que habita tristeza em mim, nem parece que tenho dificuldade para dormir, nem parece impossível viver o amor que sinto,
nem parece que tenho uma montanha a mover sem rodinhas, nem parece que sofro mais que vivo, nem parece, esquece...

Poesia por J.G.B

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